Por Fernando Brito
Você lembram do episódio das vaias de um grupo de jovens
médicos cearenses aos cubanos que
chegavam a Fortaleza, em 2013, para o “Mais Médicos”?
Por ironia, acabei hoje caindo numa página, não datada, da
Associação Médica Cearense que denunciava as condições aviltante com que os
planos de saúde remuneravam seus médicos conveniados, escrito pelo Dr. Antonio Celso Nunes Nassif.
Lá, como você pode conferir, o médico – com consultório particular
e as despesas correspondentes a ele – recebia R$ 42 reais por consulta, segundo a tabela então
vigente de Classificação Brasileira de Hierarquização de Procedimentos Médicos
(CBHPM) e fazia o cálculo de quanto ele ganharia se tivesse 170 pacientes
“novos” por mês – ” reconsulta no mesmo mês não remunera”, segundo o site da
AMC – ninguém faltasse e não houvesse um horário vago, daria quatro horas de
“expediente” no consultório. Sem férias, feriados, etc…
Com isso, o médico – depois das despesas de consultório,
recepcionista, telefone, limpeza, etc – e antes do Imposto de Renda – ficava
com uma renda de R$ 2.220,77.
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