Por Eduardo Guimarães
José Maria Marin (83) nasceu e cresceu no bairro paulistano
de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Na juventude, foi jogador
profissional de futebol e chegou a jogar no São Paulo Futebol Clube, como
ponta-direita. Porém, foi um jogador medíocre.
Marin atuou em pequenos clubes paulistas como o São Bento de
Marília e o Jabaquara. No São Paulo, sua carreira foi curta; disputou apenas
dois jogos oficiais e marcou um gol. Vendo que não tinha futuro no esporte,
estudou direito e, em 1963, entrou na política.
Naquele ano, elegeu-se vereador por um partido de extrema
direita, fundado pelo integralista Plínio Salgado, político, escritor,
jornalista e teólogo que fundou e liderou a Ação Integralista Brasileira (AIB),
partido de extrema-direita inspirado nos princípios do movimento fascista
italiano.
Quando se instalou a ditadura, tratou de se filiar ao
partido oficial, a Arena. Seu ódio à esquerda o tornou um dos mais virulentos
políticos do período autoritário. A ele é atribuída a execução do então diretor
de telejornalismo da TV Cultura, Wladimir Herzog, nas masmorras do DOI-CODI, em
São Paulo – Marin acusava a emissora de ser reduto de comunistas.
Em 1978, tornou-se vice-governador biônico de São Paulo na
chapa de Paulo Maluf – à época, a ditadura podia indicar presidentes,
governadores e prefeitos de capitais em “colégios eleitorais” instalados no
Legislativo, onde a ditadura sempre tinha maioria porque podia indicar
parlamentares sem precisar de voto popular.
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