Por Fernando Brito
No Facebook, o escritor Fernando Morais chama a atenção para
o “infográfico” que O Globo publica na
cobertura – que virou novela – do acidente – felizmente sem graves consequências
– do apresentador Luciano Huck e sua família.
Como você vê, todas as pessoas que estavam no avião e que
correram riscos iguais não são iguais.
A família Huck e os pilotos têm nome, as babás, não, embora,
provavelmente, tenham pais, mães, irmãos e, talvez, filhos.
Não se chamam Helena, Maria, Antônia, nem mesmo Cleide
ou Dilcéia.
Aliás, em poucos lugares, entre eles o boletim médico da
Santa Casa, pode se saber que se chamavam Marciléia Garcia e Francisca
Mesquita.
Embora suas vida valham tanto quanto a de qualquer outro,
que merece ser identificado por seu nome.
O anonimato das babás é um ato falho do pensamento elitista
que toma conta, inconscientemente, de nossos profissionais de imprensa.
Como toma conta das mentes de todos os que orbitam a elite
dominante, seja econômica, seja (aspas necessárias) “culturalmente”.
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