Tadeu Kebian, meu amigo do Facebook, postou ontem essa foto
"se sentindo muito feliz" por ter adquirido essa
"raridade".
Por Luciano Hortencio
Esse ferro de engomar (ferro de passar) me fez lembrar minha
infância: A Dolores, filha da nossa lavadeira e engomadeira Maria, foi dar uns
treinos lá por casa. Juízo que é bom a pobre da Dolores nunca teve. Eu estava
correndo pela área de serviço e ela disse que eu saisse dali senão iria me
queirmar com o ferro. Não lembro direito como tudo se passou. O fato é que ela
me queimou entre o braço e o antebraço com a ponta do ferro de engomar. Durante
muito tempo eu carreguei a marca da ponta do ferro como lembrança do
acidente... Obviamente Dolores não foi admitida no cargo pretendido!
A foto me faz lembrar também da relatividade das coisas.
Enquanto o amigo Tadeu Kebian se sente feliz por ter adquirido um velho e bom
ferro de engomar, no interior do Ceará esse artefato continua a ser usado por
muitas e muitas famílias. Para "eculumizar" o gás, as donas de casa
cozinham no fogão a lenha e, após o preparo da refeição, aproveitam as brasas
para encher o ferro de engomar, "eculumizando" também na energia
elétrica.
Quem sabe o ferro de engomar vai ser uma opção nesses tempos
bicudos de energia elétrica?
Trago, finalmente, o excelente CORAL DAS LAVADEIRAS DO
JEQUITINHONHA, interpretando ADEUS FERRO DE ENGOMAR, música folclórica
recolhida e adaptada pelo pesquisador e músico Carlos Farias. AQUI
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