A elite se consolida alicerçada em práticas de corrupção. Por isso o fim do financiamento privado de campanha não é uma pauta de seus protestos.
José Augusto Valente
Observando as manifestações de sexta-feira – convocadas pela
CUT e movimentos sociais – e de domingo – convocadas pelo Movimento Brasil
Livre e pelo Vem pra Rua – fica claro o acirramento da divisão existente na
sociedade brasileira. Embora saiba que a realidade é complexa, para fins de
análise, considerarei apenas os aspectos mais relevantes.
De um lado, os pobres e parte da classe média progressista
fazendo pressão para que o governo Dilma avance para a esquerda, ou seja, para
que amplie e aprofunde as reformas sociais e políticas.
Do outro lado, os ricos e parte da classe média
conservadora, desejando o retorno à direita, com tudo o que isso significa.
Na minha opinião, engana-se quem pensa que estes últimos
querem apenas tirar a Dilma da presidência. O que eles querem mesmo é um país
socialmente desigual, machista, racista, homofóbico e alinhado com os EUA.
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