17 de fevereiro de 2015
Por Fernando Brito
Enquanto os jornais brasileiros se ocupam de destruir o
único setor da economia onde ainda imperava o capital nacional, a construção
pesada, é no China Daily que você fica
sabendo que estão avançando as tratativas para por em prática o acordo assinado
em julho passado entre o Brasil e a China (e, depois, o Peru) para a construção
de uma ferrovia de 5 mil quilômetros (40% já existentes) ligando o Atlântico e
o Pacífico.
Valdemar Leão, o embaixador do Brasil para a China, em
entrevista ao Diário do Povo, anunciou que, nos próximos dias, começam as
reuniões técnicas para a execução do projeto. Coisa pequena, de mais de US$ 30 bilhões, financiados pelos chineses à
base de “project finance”, ou pagamento com a própria operação da ferrovia.
Claro que não é porque os chineses são “bonzinhos”, mas
porque pensam estrategicamente em suas necessidades de grãos e de minérios,
tanto que já se lançaram às obras do Canal da Nicarágua, que tira do Panamá (e
do controle dos EUA) a ligação entre o Atlântico e o Pacífico. Alás, não apenas
aqui, na América Latina, mas em todas as partes do mundo.
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