quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A ANTIPATIA E A EFICIÊNCIA DE MARTA

Por Luis Nassif

Marta Suplicy é madame, é esnobe. É antipática, também. Seu universo de convivência é o da elite paulistana, os salões frequentados por empresários e pela mídia. Ela divide os amigos entre os bem vistos e os mal vistos pelos jornais. Se alguém de sua relação cai em desgraça com a mídia, cairá em desgraça com ela também. Tem um nariz insuportavelmente empinado.

Com toda essa soma de defeitos, porém, na condição de prefeita Marta logrou uma administração inesquecível, especialmente para a periferia. Literalmente inesquecível, especialmente para a população periférica.

Junte todos os defeitos apontados no primeiro parágrafo, a antítese de um político popular e compare com a gratidão que lhe é devotada pela periferia, para se ter uma ideia da grandeza de seu trabalho. A periferia de São Paulo aprendeu a gostar, a admirar e a ser grata a uma madame incapaz de um gesto populista. Tão madame que não repetia roupas, em lugar do populista padrão, com caspas no cabelo e sempre disposto a tomar uma no boteco com os eleitores.

Não sei o caminho que trilhará daqui por diante. Mas o PT perde um grande quadro.

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