Uma das máximas do meio artístico regional diz que se
conhece um bom sanfoneiro com o arriar da mala onde o instrumento é carregado.
Na Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste, da Paraíba, os seis sanfoneiros do
grupo mostraram a mais alta das musicalidades. É muito mais do que um grupo de
sanfoneiros. Passaram ao público a sensação de que mais se divertiam do que
trabalhavam. Foi a “noite paraibana” no Natal Encantado.
Também já passaram pelo palco montado na praça Padre Ovídio,
e homenagearam suas colônias locais, a Orquestra Sanfônica de Aracaju e a
Orquestra Spok, de Recife, que apresentou o que o frevo de melhor e a
capacidade do ritmo, patrimônio imaterial da humanidade, levantar o público.
A orquestra prestou uma série de homenagens e tocou os mais
variados ritmos nordestinos, como baião, xaxado e xote, mais um não muito comum
fora do norte do nordeste: a ciranda e um frevo. Apresentou peças de Hermeto
Paschoal, Dominguinhos (“Eu sé quero um xodó”, que foi acompanhada pelo
público) Luiz Gonzaga (“Asa Branca” e a “Volta da Asa Branca”), entre outros
autores e músicas conhecidas pelo público que novamente mais do que lotou o
grande toldo.
Os arranjos foram feitos pelo maestro Lucílio, com a
colaboração de componentes da orquestra. Além das sanfonas, afinadas, formam o
grupo flautistas, uma zabumba eficiente na marcação, mais triângulo e pandeiro.
Para encerrar a apresentação, um frevo à paraibana, “Frevo mulher”, que ficou
conhecido na voz de Amelinha, na década de 80, mais “Feira de mangaio”, de
Sivuca, considerado um dos hinos dos paraibanos. “Sei que quando a gente toca
estas músicas os olhos dos paraibanos ganham um brilho diferente”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário