Passadas as eleições, o jornal Folha de São Paulo demitiu 25
jornalistas. Os mais famosos foram Eliane Cantanhede e Fernando Rodrigues.
Os motivos seriam corte de custos, para equilibrar as
contas. Além de uma redação mais enxuta, jornalistas mais antigos e com
salários mais altos seriam repostos por mão-de-obra mais barata.
Mas a crise no jornal é antiga, vem de muito antes das
eleições. O problema não é só da Folha. Praticamente todos os grandes jornais
impressos tradicionais estão em crise com o crescimento da internet.
Então, tecnicamente, sob a ótica capitalista dos donos do
jornalão, os profissionais antigos e mais caros já deveriam ter sido trocados
há mais tempo.
Cantanhede sempre foi uma jornalista dublê de cabo eleitoral
tucana. Fernando Rodrigues nunca teve o mesmo engajamento mas, experiente e
conhecedor dos bastidores de Brasília, poderia vir a encontrar alguma
reportagem contra gente da base governista que influísse nas eleições, a tal
"bala de prata".
Se foram mantidos até terminar a campanha eleitoral, deve
ter havido anúncios para cobrir os custos de mantê-los. Quem patrocinou? O
Itaú? A Cemig? A Sabesp? Outros grupos financeiros e empresariais tão engajados
em retirar Dilma do Planalto?
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