Por Fernando Brito
A UDN jamais ganhou uma eleição nacional e, quando chegou ao poder, ou foi como
apêndice (com Jânio Quadros), ou como rebotalho, como no golpe.
São seus gatos-pingados que vão para a rua, no sábado,
reeditar a marcha do golpismo da Avenida Paulista, em São Paulo.
Mas seus gatos gordos não estarão lá, e talvez façam leves
ressalvas aos apelos autoritários.
Os Jabores, os Mervais, os Azevedos estão muito bem, cevados
pelos seus bons contratos nos grandes meios de comunicação.
Que, por sua vez, estão muito bem cevados pelas gordas
verbas de publicidade que lhes fluem dos governos e das empresas.
Quem quiser saber como se formaram estes cogumelos – como
Brizola os chamava, pelo fato de terem vicejado sobre matéria pútrida – não
precisa ler um monte de estudos sobre a
comunicação no Brasil.
Basta que leia o editorial de O Globo, hoje, já começando a
chamar de “bolivarianismo” qualquer tentativa de governos de cortar-lhes os
privilégios.
Por experiência própria diz que os tais “bolivarianistas”
projetam o que eles bem sabem que acontece em ditaduras, pois foi nela que se
formaram.
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