quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O QUE PERGUNTAR NA PADARIA, NO BOTEQUIM, NA FEIRA...

Por Fernando Brito
Existe uma guerra no Brasil.
Jornais, rádios, televisões, o poder financeiro, a grande maioria dos políticos, a elite burra (com o beneplácito de parte da auto proclamada “inteligência, mas que se tornou mentalmente preguiçosa e intelectualmente covarde, ao ponto de ver os pit-bulls da direita avançando e silenciar) , todos se uniram numa máquina medonha que procura convencer-nos que um cidadão que não tem rigorosamente nada de popular e austero em sua biografia é o personagem que há de restaurar a moralidade e desenvolver um programa de obras, investimentos e transformações que ele mesmo nunca fez.
Pois, tirante o aeroporto do tio, o que realizou Aécio Neves senão a construção de um imenso Palácio de Governo, ao custo, em dinheiro de hoje, de mais de R$ 2 bilhões?
E que, pior ainda, representa todas as forças políticas responsáveis por uma das piores eras da vida brasileira que está ali, pertinho, apenas a um dúzia de anos para trás.
O povo brasileiro, instintivamente, sabe que há algo errado nisso, mas como  faziam às roupas do rei da fábula, há os que aplaudem, porque todos os “grandes” e todos os “sabidos” aplaudem.
Cada um de nós, porém, pode muito ou pode nada contra isso.
Pode nada se ficarmos, apenas e somente, falando entre nós.
Mas pode muito, se perguntar na rua, a toda e qualquer pessoa simples, se ela acha hoje emprego mais facilmente agora ou há dez anos.
Ou se é mais fácil comprar um apartamento modesto, para viver.
Ou se podia comprar um carro, mesmo caidinho, daqueles que os gaiatos bota um adesivo de “é velho mas está pago”.
Ou se ele ou algum parente viajou de avião.
Ou se um filho ou alguém da família pôde entrar na Universidade.
E a TV, o DVD, o celular bacana, a geladeira melhor, não vieram antes porque ele é que era incompetente?
A verdade, meus queridos amigos,  é a realidade tem uma força imensa quando não nos esquecemos dela.
O povo brasileiro precisa ser chamado a olhar a si mesmo um pouco mais e olhar um pouco menos para o que lhe mostram.
No “Brasil da crise” há trabalho e há possibilidades de progresso. No Brasil dos sonhos que nos apresentam há o pesadelo que vivemos.
A eficácia da comunicação não está em sua sofisticação, mas em sua capacidade simples de apontar o benefício daquilo que você quer transmitir.

O resto é só propaganda.

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