Por Fernando Brito
Existe uma guerra no Brasil.
Jornais, rádios, televisões, o poder financeiro, a grande
maioria dos políticos, a elite burra (com o beneplácito de parte da auto
proclamada “inteligência, mas que se tornou mentalmente preguiçosa e
intelectualmente covarde, ao ponto de ver os pit-bulls da direita avançando e
silenciar) , todos se uniram numa máquina medonha que procura convencer-nos que
um cidadão que não tem rigorosamente nada de popular e austero em sua biografia
é o personagem que há de restaurar a moralidade e desenvolver um programa de
obras, investimentos e transformações que ele mesmo nunca fez.
Pois, tirante o aeroporto do tio, o que realizou Aécio Neves
senão a construção de um imenso Palácio de Governo, ao custo, em dinheiro de
hoje, de mais de R$ 2 bilhões?
E que, pior ainda, representa todas as forças políticas
responsáveis por uma das piores eras da vida brasileira que está ali, pertinho,
apenas a um dúzia de anos para trás.
O povo brasileiro, instintivamente, sabe que há algo errado
nisso, mas como faziam às roupas do rei
da fábula, há os que aplaudem, porque todos os “grandes” e todos os “sabidos”
aplaudem.
Cada um de nós, porém, pode muito ou pode nada contra isso.
Pode nada se ficarmos, apenas e somente, falando entre nós.
Mas pode muito, se perguntar na rua, a toda e qualquer
pessoa simples, se ela acha hoje emprego mais facilmente agora ou há dez anos.
Ou se é mais fácil comprar um apartamento modesto, para
viver.
Ou se podia comprar um carro, mesmo caidinho, daqueles que
os gaiatos bota um adesivo de “é velho mas está pago”.
Ou se ele ou algum parente viajou de avião.
Ou se um filho ou alguém da família pôde entrar na
Universidade.
E a TV, o DVD, o celular bacana, a geladeira melhor, não
vieram antes porque ele é que era incompetente?
A verdade, meus queridos amigos, é a realidade tem uma força imensa quando não
nos esquecemos dela.
O povo brasileiro precisa ser chamado a olhar a si mesmo um
pouco mais e olhar um pouco menos para o que lhe mostram.
No “Brasil da crise” há trabalho e há possibilidades de
progresso. No Brasil dos sonhos que nos apresentam há o pesadelo que vivemos.
A eficácia da comunicação não está em sua sofisticação, mas
em sua capacidade simples de apontar o benefício daquilo que você quer
transmitir.
O resto é só propaganda.
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