Por Fernando Brito
Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira
pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a
46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Com a “margem de erro” revelada nas pesquisas finais do
primeiro turno, isso quer dizer…absolutamente nada.
Ou melhor, quer dizer, sim.
Aécio está, com o surpreendente resultado que obteve no
primeiro turno e ruidosa comemoração da mídia deste fato, no seu melhor
momento.
Aliás, com a permanência de Marina, até as pesquisas finais,
de adversária mais provável de Dilma,
Aécio vinha se livrando de questionamentos mais diretos.
E os dias seguintes, era saudado como o que iria receber
todos os apoios, o que só em parte se confirmou, com a relutância de Marina
Silva em passar-lhe um cheque em branco.
Aécio está naquela mesma condição em que estava a
ex-senadora Marina Silva quando se tornou candidata, aparecendo do nada a que
estava relegado como “grande esperança” de vitória contra o governo Lula-Dilma.
E, ainda assim, não lhe puderam – bem que a Época tentou, com uma pesquisa marota, feita para
ser exibida no programa de TV de Aécio, hoje – dar-lhe uma vantagem na disputa.
E olhe lá se tem estes números…
Quem estava pessimista, se olhar que nem neste momento
conseguem disparar com Aécio.
Aécio vai minguar depois de sua festa de ressurreição que
pareceu a muitos um milagre e a mim, apenas, a reafirmação de que a política
real – não os nossos delírios – é a que acaba prevalecendo.
E Dilma, refeita do baque que foi perceptível na sua
entrevista pós-eleição, vai crescer, se alimentando da mobilização que seus
dois primeiros dias de campanha de rua.
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