Por Eliana Rezende
"Certo dia, uma
folha de papel que estava em cima de uma mesa, junto com outras folhas
exatamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. Uma pena, molhada de tinta
preta, havia escrito uma porção de palavras em toda a folha. — Por que você não
me poupou dessa humilhação? — perguntou, furiosa, a folha de papel para a
tinta. — Espere — respondeu a tinta —, eu não estraguei você. Eu cobri você de
palavras. Agora, você não é mais apenas uma folha de papel, mas sim uma
mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano. Você transformou-se num
documento precioso! E, realmente, pouco depois, alguém foi arrumar a mesa e
apanhou as folhas para jogá-las na lareira. Mas, subitamente, reparou na folha
escrita com tinta, e então jogou fora todas as outras, guardando apenas a que
continha uma mensagem escrita".
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