A Folha de hoje publica matéria que é uma espécie de “Prêmio
Esso” da hipocrisia jornalística.
Anuncia que “advogados” dos empresários João Paulo Lyra e
Apolo Vieira Santana estariam procurando os proprietários dos imóveis
destruídos ou danificados pela queda do avião para fazer acordos de indenização
ex-judiciais.
Naturalmente, claro, com “cláusula de confidencialidade” e
renúncia a pedidos outros na Justiça, como faria qualquer advogado.
O famoso “cala a boca”, que aquelas famílias – sem casa e
com prejuízos imensos para quem tem muito pouco- talvez não tenham mesmo como
recusar.
Que o papel de ambos os empresários, um punido por omissão
de transações cambiais e outro processado por contrabando, seja este,
paciência.
Mas não o do jornal.
Como é que a Folha conversa com o advogado dos dois e não
manifesta o interesse em ouvi-los pessoalmente, nem que seja para ouvir uma
recusa?
“A Folha pediu ao advogado para conversar com os donos do
avião, mas ele recusou-se a fazer o contato com os empresários”.
Era o mínimo de satisfação aos leitores.
Até porque a empresa de Apolo, a Bandeirantes de Pneus,
divulgou nota oficial dizendo que o avião não era seu.
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