Por - Fernando Brito
Terça-feira, bem antes que as pesquisas Ibope e Datafolha
registrassem – até os analistas conservadores concordam – a desaceleração e até
o que, talvez, seja o início do declínio da “onda Marina”, este blog registrou
que começava a surgir um “voto contra as trevas”.
E surgia como fruto da “overdose” de fundamentalismo
religioso e neoliberalismo econômico assumidos pela neocandidata do PSB.
Não se descarte que isso possa crescer ao ponto de se tornar
um estigma sobre Marina Silva.
Porque Marina,
personagens de Maquiavel, está “na dependência exclusiva da vontade e
boa fortuna de quem lhes propiciou o Estado, isto é, de duas coisas
extremamente volúveis e instáveis.”
Assim foi na eleição de 2010, quando se lhe atribuiu – e ela
cumpriu – o papel de evitar a vitória de Lula, com Dilma, no primeiro turno,
num momento de grande prosperidade econômica e imenso prestígio pessoal do
então Presidente.
Nas eleições de 2014, tal papel foi atribuído a Eduardo
Campos, outro disposto a assumir, por ambição, o papel de dissidente do bloco
lulista.
Eduardo não representava a Aécio – como em 2010 Marina não
representava a Serra – um perigo real.
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