Do UOL, no Rio de Janeiro
O Flamengo perdeu nesta quinta-feira um de seus ídolos
históricos. William Kepler Santa Rosa, o Esquerdinha, morreu aos 90 anos. O
ponta-esquerda atuou em 277 partidas pelo Rubro-Negro e marcou 110 gols,
tornando-se 16º maior artilheiro do clube. O velório de Esquerdinha será
realizado na tarde desta sexta.
A primeira passagem do ex-jogador pelo Flamengo aconteceu no
fim dos anos 1940. Esquerdinha marcou seu nome no clube, porém, na década
seguinte. Ele foi tricampeão carioca de forma consecutiva entre os anos de 1953
e 1955, campeão do Torneiro Início (1951), do Quadrangular do Peru (1952), do
Quadrangular da Argentina (1953), do Quadrangular de Curitiba (1953) e do Torneio
Internacional do RJ (1955).
Natural de Belém, Esquerdinha foi dono da braçadeira de
capitão do Flamengo. Durante os anos em que vestiu a camisa do clube, o jogador
foi muito respeitado por seus adversários, fosse pela sua liderança ou pela
potência do seu chute com a perna esquerda.
Joel, Rubens, Adãozinho, Benitez e Esquerdinha. Crédito:
revista Esporte Ilustrado de 1952.
Foi com a potência da sua canhota que o ponta quebrou o
jejum de campeonatos cariocas pelo qual o Rubro-Negro passava desde 1944.
Esquerdinha marcou um dos gols, na goleada por 4 a 1 sobre o Vasco na partida
decisiva do Carioca de 1953.
"Na verdade, ele viveu algumas coisas no futebol, mas o
Flamengo é o que o mais representou para a carreira dele. O Flamengo era a casa
do meu pai. Além de todos da família sermos torcedores, o que simbolizava o
Esquerdinha é aquilo que ele construiu no Rubro-Negro, o ídolo que era. Tudo
que viveu depois, foi devido ao Flamengo. O clube foi muito significativo não
só na vida dele, mas na vida de todo nós", revelou Tatiane Santa Rosa,
filha do ponta, ao site oficial do Flamengo.
Neste sábado, às 18h30, o Maracanã terá um minuto de
silêncio para Esquerdinha antes da partida entre Flamengo e Grêmio.
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