Algumas considerações sobre a delação premiada do ex-diretor
da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Costa traz indícios daquele que provavelmente é o mais amplo
caso de corrupção política sistêmica do país. A desenvoltura com que atuou na
Petrobras comprova que dispunha de uma carta em branco. Há pelo menos seis anos
rumores sobre sua atuação corriam mercado. É evidente tratar-se de uma peça da
real politik de governo.
A data escolhida para a divulgação - 7 de setembro, aliás
mesma data da eclosão do escândalo Erenice - e as informações divulgadas até
agora sugerem muito mais uma chantagem, com elementos políticos, do que
elementos concretos para condenar os acusados: políticos e empresas. Uma
denúncia exige dados concretos, datas, documentos, comprovação de pagamentos.
Costa traz relatos. É como se avisasse: se me deixarem na mão apresento as
provas. Ou então é possível que Veja tenha feito um cozidão atribuindo-o a
Costa. MAIS
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