Artigo do Brasil Debate
Por Gulherme Santos Mello*
Não é exatamente novidade que os agentes que atuam nos
mercados financeiros possuem grande interesse nos destinos políticos dos países
em que investem. A eleição de um governo que atenda ou contrarie seus
interesses mais imediatos, em geral ligados à liberalização de suas atividades
e ao aumento dos rendimentos financeiros, certamente joga um papel importante
em suas estratégias de alocação de portfólios, assim como nas estratégias que
estas instituições recomendam a seus clientes endinheirados. A história do
Brasil está recheada de casos em que agentes financeiros aproveitaram os
momentos eleitorais para apoiar explicitamente algum candidato, gerando
profunda instabilidade nos mercados e auferindo ganhos financeiros das ondas
especulativas criadas por suas próprias análises e declarações. Caso mais
famoso é o da eleição de 2002, quando se criou o que ficou conhecido como
“Lulometro” para prever a futura cotação do dólar caso Lula fosse eleito.
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