Por Fernando Brito
Muito engraçada a nota do Painel da Folha sobre as dúvidas
existenciais de Aécio Neves sobre licenciar-se ou não do Senado.
Diz o jornal que ” 0 tucano pensa em manter o mandato ativo
para aproveitar a exposição na tribuna e a estrutura do gabinete em Brasília” e
que ”conselheiros da campanha,
entretanto, tentam demovê-lo da ideia”.
Fica, então, desde já, minha contribuição à zelosa
vigilância do PSDB sobre a moralidade nos cargos públicos.
Poderiam processar, também, Aécio Neves, que é senador e tem
de comparecer àquela Casa, não é?
Afinal, ele já acumulou mais de 60 faltas em três anos de
mandato e, agora, certamente não poderia conciliar campanha e assiduidade, não
é?
E quanto a “aproveitar a estrutura do gabinete”?
Esperamos que os cães de guarda da moralidade, os
relógios-de-ponto da vida pública usem o mesmo critério.
Aécio, é claro, vai se licenciar.
O que não tem nenhuma importância para o país, até porque
ele é uma senador obscuro e com raros pronunciamento, como aqueles em que tenta
se apropriar do Bolsa Família ou empresta solidariedade a Demóstenes Torres.
Aguardam-se as providências do zeloso tucanato, ou
explicações sobre porque as regras que quer para os outros não aceitam para o
seu candidato.
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