Por Fernando Brito
Qual o significado da fraqueza e do amadorismo dos primeiros
programas de televisão das candidaturas de oposição, ontem?
No caso de Marina, está claro que refletem as dificuldades
formais da nova candidata do PSB, onde é preciso ajeitar uma situação impensada
e uma convivência que era garantida essencialmente pelo domínio que Eduardo
Campos, formalmente, exercia sobre sua vice.
Mas o que ocorreu com Aécio?
O PSDB, por meios e experiência, teria condições de se
apresentar de forma muito mais profissional e eficiente na propaganda.
O vídeo quase “doméstico” com que se exibiu revela muita
coisa.
Há uma grave crise instalada em sua campanha.
Embora não há pesquisa registrada oficialmente, proliferam
os levantamentos que indicam que, hoje, sua desvantagem para Marina vai bem
além do 1% que registra o Datafolha.
O desempenho de Aécio, ontem, no programa eleitoral, só não
gerou uma crise pública porque o PSDB já o dá como desenganado.
Aqui no Rio, o “Aezão” virou o “Aecinho”.
Porque o verdadeiro partido de Aécio, o da mídia, se bandeou
de lado.
Ou o “núcleo duro” do PSDB o socorre – e falo aí em Fernando
Henrique e José Serra – o socorre ou também o abandona.
Mas a opção precisa ser rápida e o terreno, ao lado de
Marina, é movediço demais para dar-lhes segurança de um salto.
À medida, porém, que Aécio afunda, haverá coragem para
saltar.
Ou, discretamente, apenas sair de sua nau sem rumo.
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