Com manhas de pau-de-arara, Dilma escancarou a parcialidade da Globo e o amadorismo de Bonner
Por Ricardo Amaral
A entrevista com a presidenta Dilma Rousseff expôs, com rara
contundência, a parcialidade da Globo na cobertura do governo e do PT.
Utilizando manhas de quem passou pelo pau-de-arara, Dilma pôs abaixo a
tentativa da Globo de parecer “isenta” nesse capítulo das eleições. Isso não é
banal, no momento em que a credibilidade da imprensa hegemônica segue abalada
pelo fiasco histórico da “operação Copa”.
A credibilidade do jornalismo da Globo saiu mais uma vez
arranhada pelos esgares de William Bonner e Patrícia Poeta. As expressões de
contrariedade, os dedos em riste e as interrupções grosseiras falaram mais ao
telespectador do que o conteúdo de perguntas e respostas. Por algum tempo, tudo
que se disser no JN contra Dilma será recebido com suspeita, porque a mensagem
mais forte do programa foi: eles não gostam dela.
Dos 16 minutos cronometrados, Dilma falou 10 minutos e meio;
Bonner, 4 e meio, e Patrícia quase 1 minuto. Dá 65% para ela e 35% para eles.
Dilma pronunciou 1.383 palavras, contra 980 da dupla (766 só do Bonner), o que
dá 60% x 40%. Isso é escore de debate, não de entrevista. A dupla encaixou 26
acusações ao governo e ao PT; algumas, com ponto de exclamação. CONTINUE LENDO
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