1) Dilma apanhou de
todos os lados. Bateu em Aécio e poupou Marina, que não a poupou.
De uma maneira geral, se defendeu bem, o que mostra que se
preparou para a pancadaria generalizada.
2) Aécio foi Aécio e mais três: os jornalistas da Band, José
Paulo de Andrade, Boris Casoy e Fabio Panuzio.
As perguntas deles continham invariavelmente críticas a
Dilma e oportunidades para Aécio vender seu peixe. Foram torcedores muito mais
que jornalistas.
3) Aécio escolheu por onde vai tentar brecar Marina: dizendo
que ela é uma “aventura”, um “improviso”.
A verdadeira mudança, segundo ele, é ele mesmo.
4) Aécio vê um Armínio Fraga que só ele vê. Nas suas considerações finais, Aécio anunciou
Fraga como ministro da Economia com o ar triunfal de um técnico que estaria
comunicando a aquisição de Messi.
5) Marina mostrou quanto respeita Neca. Os óculos vermelhos
com os quais se apresentou no debate chamaram a atenção de todos.
Neca não parece ter apreciado muito. Da plateia, acenou para
que Marina os tirasse, e foi obedecida.
6) Marina, como se diz no futebol, está de salto alto,
mascarada, por conta das pesquisas.
Parecia pairar acima do bem e do mal, ou pelo menos acima de
Dilma e Aécio, ao renegar a polarização PT X PSDB.
7) O Pastor Everaldo não tem noção das coisas. Numa pergunta
sobre o futuro da energia, parecia aquele aluno que ao ver uma questão numa
prova percebe que não estudou nada. Respondeu com seu repetido bordão sobre o
Estado Mínimo, que lhe valeu o apelido de Pastor Neoliberal entre os
internautas.
8) Eduardo Jorge, do PV, foi o Rei da Zoeira, com seu
vozeirão, seu traje de cantor sertanejo e suas críticas “a tudo isso que está
aí”.
“Aquele tio que fuma maconha e pede dinheiro emprestado pra
tua avó”, na definição de um internauta no Twitter.
9) Levy Fidelix frustrou os internautas ao deixar de falar
no mítico “aerotrem”.
Comparado ao baixinho da Kaiser e ao Senhor Spacely,
parecia, como o Pastor Everaldo, perdido no tempo e no espaço.
10) Luciana Genro pode se tornar um bom quadro da esquerda,
se for mais pragmática. Sublinhou a semelhança entre o programa econômico de
Aécio e de Marina, falou na necessidade de taxar as grandes fortunas e, em seu
melhor momento, notou que o jornalista José Paulo de Andrade não entendeu nada
dos protestos de junho passado.
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