Depois de culpar antecipadamente Lula-Dilma por um fiasco que anunciavam como inevitável, tenta-se fingir que eles não deram a menor contribuição para os aplausos da platéia. Pode?
É bom reconhecer que há poucas coisas perfeitas na vida. Uma
delas é abraçar as crias depois de uma
longa ausência. Outra, é almoçar na casa da mãe. Ou desfrutar da companhia de
amigos verdadeiros.
Após estas considerações, cabe analisar os números finais da
Copa do Mundo. Leia a opinião de 2209
visitantes estrangeiros ouvidos pelo DataFolha:
92% dos visitantes elogiaram o conforto e a segurança
76% aprovaram o transporte até os estadios
95% disseram que a recepção foi boa ou ótima.
83% elogiaram a organização
Mesmo lembrando que a Copa não foi um evento sem problemas,
há outras notícias boas.
Alvo de muitos fantasmas usados para atemorizar visitantes,
o Rio de Janeiro recebeu 900 000
turistas contra 90 000 previstos. Eles deixaram 4 bilhões de reais na cidade,
contra 1 bi de previsão.
Obrigados a encontrar um discurso para enfrentar uma
situação inesperada, nossos profetas do pessimismo completaram um ano de
atividade ininterrupta, desde os protestos de junho de 2013, com sorrisos amarelos.
Passada a fase da autocrítica, é preciso explicar o que
aconteceu, o por quê. Na falta de explicação melhor, a moda agora é dizer que o
sucesso da Copa se deve aos “brasileiros.” Assim, no genérico. Os 200 milhões
de brasileiros garantiram a Copa das Copas porque são simpáticos e acolhedores.
Descobrimos essas virtudes anteontem?
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