Por Fernando Brito
Na minha infinita disposição de colaborar com a imprensa de
meu país, sugiro algumas perguntas simples a serem feitas à Agência Nacional de
Aviação Civil, ao Governo de Minas e a
Aécio Neves sobre o aeroporto de Cláudio.
1) É legal a operação de aeronaves naquela pista antes da
homologação?
2) Quais foram os planos de vôo registrados nos aeroportos
oficiais com este destino? Quais foram as aeronaves? Quem eram seus
passageiros? Recordo que na matéria da Folha, o primo de Aécio, antes de saber
que falava com jornalista, disse que chegava ali pelo menos “um vôo por
semana”. Os vôos registrados para Divinópolis batem com as anotações de pouco e
decolagem daquele aeroporto?
3) O senador poderia ser indagado se já usou o Aeroporto de
Cláudio em suas idas à sua fazenda?
4) Quem autorizava e supervisionava as atividades de
aeromodelismo na pista, como comprovado aqui?
Se o Estado não responder, basta perguntar aos aeromodelistas que, se
estavam lá, estavam porque alguém autorizou e disse que podiam usar o espaço. E
isso não foi uma ou duas vezes, apenas.
5) Os moradores de Cláudio podem informar sobre a operação
de segurança que fecha a estrada que dá acesso à fazenda de Aécio Neves quando
este a visitava?
6) A obra previa ou não a construção de uma (inexistente) estação
de passageiros, tal como anunciava o comunicado oficial do Governo do Estado? E
os “equipamentos para operação 24 horas” (Deus meu, num microaeroporto para
aviões privados, com outro aeroporto com essa capacidade a 50 km, de carro)?
tabelaaero
7) o que justificava, se já havia uma pista de pouso no
local – e, portanto, quase nada de obras de terraplenagem e nivelamento – que a
obra de Cláudio tivesse um custo maior do que todas as demais, em cidades todas
elas de população maior – quatro vezes maior, no caso de Passos e três vezes
maior, no caso de Lavras?
Se estiver difícil, podem perguntar aos funcionários do
Motel Dommus, que fica defronte ao “aecioporto” como era o movimento por ali,
porque não podem deixar de ter visto os aviões e a movimentação dos carros que
levaram ou buscaram os passageiros que vinham ou iam neles.Ah, e uma pergunta final: existirá mesmo Ministério Público
em Minas Gerais, para investigar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário