Lula a inventou e Dilma a realizou com inesperado êxito, a promover o Brasil no mundo
Por Marcos Coimbra
em Carta Capital
No início de 2012, esta coluna propunha que avaliássemos de
dois pontos de vista as possíveis consequências da Copa de 2014 na eleição
presidencial. Para ficar no jargão futebolístico, o primeiro teria a ver com o
que aconteceria dentro das quatro linhas, se a Seleção Brasileira terminaria
campeã ou não. O segundo seria extracampo, referindo-se a tudo o que poderia
ocorrer antes e depois que a bola rolasse.
Há quem pense, do alto de pretensa superioridade
intelectual, que o típico eleitor brasileiro vota com o predomínio das partes
menos nobres do organismo. Que vota com a barriga, o bolso ou o coração, nunca
com o cérebro. Que é levado para cá e para lá por emoções superficiais.
São os que acham, desde 1994, que o desempenho da Seleção
nas Copas do Mundo impacta o resultado das eleições presidenciais coincidentes.
Têm até um teorema: “Se a Seleção ganha a Copa, vence o governo; se perde, quem
lucra é a oposição”. Nada o demonstra, mas os bem-pensantes gostam de repeti-lo,
aproveitando o ensejo para lamentar a incultura e o primitivismo do eleitor
comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário