Por - Fernando Brito
Depois da mancada homérica em que a direita brasileira se
meteu com sua campanha contra a Copa, com o único e exclusivo objetivo de tirar
proveito eleitoral de um fracasso que enfraquecesse Dilma Roussef, vieram ontem
Fernando Henrique Cardoso e seu pupilo Aécio Neves reclamar do “uso político”
da Copa e do (toc, toc, toc) desempenho brasileiro na competição.
Reduzido à condição de um zumbi político – pois neste campo
está morto embora se creia muito vivo –
FHC vai conduzindo seu enfant gaté para o caminho de suas próprias
frustrações e despeito.
Afinal, nem da muito mais simples comemoração dos 500 anos
do descobrimento do Brasil, Fernando
Henrique conseguiu produzir um evento capaz de empolgar e emocionar a
população, a começar pelo fiasco da tal “nau capitanea” mambembe. E ele bem que
tentou, em 1999, mas não conseguiu trazer para cá a Copa de 2006…
Fernando Henrique é, talvez, o maior cabo eleitoral de Dilma
Rousseff depois do ex-presidente Lula.
Sua simples presença detona um inevitável processo de
comparação entre o que o Brasil era com ele e o que é hoje.
O que é o bastante para não desejar a volta dos tempos
tucanos.
Embora eles teimem em não morrer e, na mídia, dêem-nos a
impressão que o mundo é dos mortos e das assombrações.
Não é, o mundo é dos vivos e da alegria que, para horror
desta gente, tomou conta do Brasil nestes tempos de Copa.
PS. Para ler uma análise muito boa e serena dos efeitos
eleitorais (ou de sua ausência) de copas do mundo no Brasil, leia o excelente
“A bola e a urna”, de Janio de Freitas, hoje, na Folha.
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