sab, 05/07/2014 - 11:49
Por Sergio Saraiva
Com apoios problemáticos e sob a má influência de Serra,
Aécio inicia a fase oficial da campanha para a presidência da República com o
PSDB isolado e dividido.
Definidas as chapas que concorrerão às eleições de 2014, é
possível ver-se melhor o quadro político atual. Nele, o PT nacional formou um
gigantesco bloco partidário de apoio, o PSB não conseguiu projeção nacional com
sua união ao Rede, que começa a fazer água, e o PSDB, o principal partido da
oposição, está velho, dividido e isolado.
Com respeito ao PSDB, sintomático disso é sua chapa
"café com leite" para as eleições presidenciais de outubro de 2014 –
Aécio e Aloysio - é um mau sinal para o partido.
No nosso modelo político, a existência de uma chapa formada
por um único partido quase sempre é uma demonstração de fraqueza. Mais ainda,
conhecendo-se a relação entre os PSDBs mineiro e paulista, sua união nestas
eleições soa quase um incesto entre fratricidas.
O que os levaria a tal pecado?
Não, não é uma tentativa de finalmente unir o partido. É
antes mais um fruto envenenado de sua divisão de sempre.
Só e mal acompanhado.
É certo que o PSDB não atraiu grandes nomes para o seu lado:
Paulinho - ”discurso calibrado” da Força e o seu Solidariedade. Paulinho pode
ser da Força, mas não há garantias que a Força seja de Paulinho, já que
sindicalistas dessa central de trabalhadores apoiam Dilma. Trouxe também o PTB
- ”suguem mais um pouco” - mas só trouxe a parte de Roberto Jefferson. Aécio
segue a tradição fernandina de permitir que a arrogância lhe saque bobagens da
boca. E, por fim, recebeu o apoio do DEM de sempre.
Não é lá muita coisa, mas ao menos o DEM poderia compor
ainda que simbolicamente, o papel que lhe resta, uma coligação. Mas não, vai
PSDB com PSDB.
E a razão disso é a divisão interna. E essa divisão tem um
nome: José Serra.
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