Jornalista Vera Guimarães Martins reconhece que jornal tropeçou duas vezes esta semana: ao ser contestado pelo poeta Augusto de Campos, que denunciou uso de seu poema Viva Vaia sem autorização; e com “monumental barriga” de seu colunista Mario Sergio Conti, que publicou entrevista “exclusiva” de sósia como se fosse do técnico Luiz Felipe Scolari; “Fim do jogo (e da semana): Arrogância, 2 x Autocrítica, 0”, diz; edições já impressas da Folha tiveram de ser recolhidas
247 – A ombudsman da Folha Vera Guimarães Martins declarou
derrota ao jornal de Otavio Frias por 2 a 0 por sua arrogância.
Ela diz que a publicação tropeçou duas vezes esta semana. Na
primeira, ao ser contestada pelo poeta Augusto de Campos, que denunciou uso de
sua obra sem autorização.
Ele não gostou nada do uso, pela Folha, de seu poema Viva
Vaia, cercado de textos e legendas que discutiam os insultos dirigidos à
presidente Dilma, no Itaquerão (leia aqui a matéria do 247 sobre o assunto).
No segundo momento, jornalista aponta “monumental barriga”
de seu colunista Mario Sergio Conti, que publicou uma falsa entrevista com um
sósia de Felipão, chamado Vladimir Palomo, como se ele fosse o treinador, nos
sites da Folha e do Globo (leia mais).
Para Vera, o jornal não reconheceu seus erros e decreta
placar da partida: “Fim do jogo (e da semana): Arrogância, 2 x Autocrítica, 0”.
"Erros, por mais crassos, acontecem, e o episódio
Jayson Blair no "New York Times" está aí para mostrar que não é
prerrogativa da imprensa nacional. A diferença está em como se lida com eles e,
neste aspecto, a Folha ficou devendo. Na primeira versão, o Erramos do site
dizia que o colunista havia sido vítima de trote, versão difícil de engolir
quando o próprio entrevistado entregou um cartão escancarando sua condição de
imitador", diz ela.
"Mario Sergio Conti se explica e se desculpa. Ninguém
da Folha se pronuncia. O colunista assumiu a falha sozinho. "Foi um erro
tolo. Não prejudiquei ninguém, a não ser eu mesmo", declarou. É muita
modéstia. Faltou lembrar dos prejuízos materiais e do arranhão na credibilidade
dos jornais, um ativo que não tem preço."
Ela lembrou ainda que edições já impressas da Folha tiveram
de ser destruídas.
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