Autor: Fernando Brito
Em qualquer parte do mundo, qualquer movimento político ou
sindical quer o apoio da sociedade.
Por que será que no Brasil, terra da jaboticaba, um
movimento por melhores salários do magistério , se expõe a aventuras como essa
de hostilizar os jogadores da Seleção em sua apresentação na Granja Comary.
Diz a Folha que “no local havia aproximadamente 200 pessoas
entre manifestantes do Sindicato Estadual dos Professores do Rio e militantes
do PSTU, e do PSDB e torcedores, segundo a polícia. Eles entoam cânticos e
exibem faixas contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. “Brasil vamos
acordar, professor ganha menos do que o Neymar”, era um dos cânticos.”
Por isso tomei emprestado o título do ótimo livro de Martin Page (recomendo a quem quiser ótima literatura moderna) para definir o que essa
turma está fazendo.
Tirante os coxinhas inveterados e os tucanos empedernidos,
não há um cidadão que olhe com gosto um time de futebol nacional ser engolfado
pela política.
E, curiosamente, não é o Governo quem está fazendo isso.
É claro, por exemplo, que o ex-jogador Ronaldo combinou com
Aécio Neves a divulgação de seu apoio eleitoral, logo depois de chamar a
atenção da mídia dizendo que tinha vergonha do Brasil.
Até fevereiro, dizia que
a “Copa é um grande negócio para o país”.
Fez muito bem a polícia de controlar, sem violência, o grupo
levado pela estranha aliança PSTU-PSDB e anarquistas tipo “black-bloc” ao
local. Então podem ir para a porta do ônibus da seleção gritar e se recusar a
ir à audiência de negocição convocada pelo STF, que mediou o acordo no ano
passado?
Está ficando evidente para todo o povão que a Copa, primeiro, e a Seleção, agora,
estão sendo exploradas com finalidades eleitorais.
E também não é preciso ser gênio para saber que este tipo de
atitude tem consequências terríveis para quem o faz.
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