Se Eduardo Campos não subir nas pesquisas, e rápido, que se cuide para evitar que o guarda-roupas venha abaixo, em plena campanha eleitoral.
Por Antonio Lassance
Marina Silva demorou mais de seis meses para se tornar vice
de Campos. A longa espera foi resultado de indefinições e desavenças nada
triviais.
Ficou claro o quanto as diferenças entre ambos são grandes.
Até aí, tudo bem. Diferenças fazem parte da política.
Mas não custa nada extrapolar um pouco e analisar Marina
como uma neoeleitora convertida à candidatura presidencial de Eduardo Campos.
Se o eleitor mediano, aquele que só decide em quem votar de última hora, levar
o mesmo tempo que Marina levou, Campos estará perdido. Estamos a menos de seis
meses da eleição.
Na propaganda eleitoral, o PSB jogava, até dias atrás, com
uma deliberada ambiguidade. Marina e Campos apareciam lado a lado como se
estivessem num mesmo patamar, sem hierarquia. Convenhamos, nem a série fictícia
Batman e Robin funcionava sem um mínimo de hierarquia.
Para uma campanha presidencial, e mais ainda para um
eventual governo, isso é nitroglicerina pura. Campos e Marina vão dizer que
tudo é muito democrático. Pode ser, mas que tem cara de confusão, lá isso tem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário