Por Miguel do Rosário
Agora a coisa está ficando boa. Jânio de Freitas rebate
cartinha que Joaquim Barbosa enviou à Folha acusando o jornalista de fazer uma
acusação imprópria e mentirosa ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Freitas responde incisivamente e volta a acusar Barbosa, muito apropriadamente,
na minha opinião, de não ter reagido com nenhuma estranheza ao receber, daquela
promotora “mucho loca”, o pedido para quebrar o sigilo de 15 dias de ligações
da cúpula inteira do poder público federal: Planalto, ministérios, Congresso,
STF, Ministério Público.
Barbosa tenta sair pela tangente alegando que entregou o
pedido ao Procurador-Geral para análise. Balela! Freitas lembra que presidente
do STF não é um “estafeta” cujo deveria se restringiria a pegar um papel e
entregar a outro. A ele, Barbosa, caberia rejeitar sumariamente o pedido da
procuradora como impróprio. Não o fez. Foi conivente. Barbosa apenas tenta
jogar a responsabilidade de dar continuidade ou não ao pedido da procuradora à
Rodrigo Janot, para que ele, Barbosa, possa manter a fama de “batman”, de
“vingador”, da coxinhada brasileira. Se Janot declarar impróprio o pedido, e
daí Dirceu passar ao regime semi-aberto, Barbosa poderá alegar que isso não foi
culpa dele.
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