Paulo Moreira Leite
O espantoso, na campanha, é que candidatos falam em medidas que prejudicam a maioria dos eleitores e nada acontece
Só pode haver algo muito errado numa campanha eleitoral na
qual um candidatos de oposiç
ão diz que não tem medo de tomar “medidas
impopulares” e nada acontece.
Assessores de outro candidato de oposição, informa o Pedro Venceslau no Estado de S. Paulo de
hoje, admitem em voz baixa que apoiam “medidas amargas.”
Vamos combinar.
Até por uma questão
de respeito por cada um de nossos 100 milhões de eleitores, em especial a
imensa maioria que é alvo de medidas impopulares e amargas, seria bom saber o que se quer dizer com isso.
Fazendo uma imagem para facilitar o entendimento, vou
colocar a coisa em termos bem populares.
É como um sujeito que
chega para jantar de luxo, avisa que dentro de alguns minutos pretendem passar
na cozinha para bater a carteira dos empregados e nenhum convidado pergunta:
como assim? Eles vão deixar?
Na lata? E ainda manda aviso prévio?
Quantos reais pode ser extraídas do bolso de cada brasileiro
quando um governante pretende tomar medidas “impopulares?”
Quanto valem os “amargos?”
Este é o debate que importa, não?
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