segunda-feira, 21 de abril de 2014

EXALTAÇÃO A TIRADENTES

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792).

De acordo com levantamento feito pela psicóloga francesa Monique Augras em seu livro O Brasil do Samba-Enredo (FGV, 1998), Tiradentes foi o vulto nacional mais citado em sambas-enredo no período em que as escolas de samba eram obrigadas a abordar temas da História nacional (1948-75).
Mas foi só uma vez que o herói teve uma homenagem exclusiva: foi no bicampeonato do Império Serrano, em 1949, com o antológico "Exaltação a Tiradentes" (Mano Décio da Viola - Penteado - Estanislau Silva): "Joaquim José da Silva Xavier/ Morreu a 21 de abril/ Pela independência do Brasil/ Foi traído e não traiu jamais/ A inconfidência de Minas Gerais".
Mano Décio tinha especial apreço pelo alferes, pois já no ano anterior apresentara, junto com Silas de Oliveira, nada menos que 3 sambas sobre ele. A escola preferiu apostar no tema "Antônio Castro Alves" (Altamiro Maio - Comprido). Mas 49 foi o ano de "Exaltação a Tiradentes", apresentado por Mano Décio e Penteado num ensaio que arrebatou a escola. Estanislau entrou na parceria porque, tendo ouvido o samba, foi a Madureira pedir autorização para divulgá-lo no asfalto. Desta forma, foi o primeiro samba-enredo que sobreviveu ao desfile, sendo gravado por Roberto Silva apenas como "Tiradentes" e voltando a fazer sucesso no carnaval de 1955.
“Exaltação a Tiradentes” foi um grande sucesso e chegou a ser gravada por diversos grandes nomes da música, como Elis Regina, Cauby Peixoto, Chico Buarque de Holanda e Jorge Goulart.

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