terça-feira, 8 de abril de 2014

AS LEMBRANÇAS DA CRISTALEIRA

Por Pisquilla
Hoje, ao passar defronte a um antiquário, vi uma cristaleira quase idêntica a que a minha avó materna tinha no interior de Minas, lá pelas bandas de Januária. Lembro como se fosse hoje: a cristaleira com o rádio Semp em cima, o pote ao lado, marcando a divisa entre a copa e cozinha, com um pano de prato de linho, alvo como açúcar, a cobrir a tampa e a concha que a gente chamava de "pegador".  Defronte ficava a velha geladeira Frigidaire, mas sinceramente eu preferia tomar a água fresquinha do pote, assim como preferia as guloseimas que a velhinha guardava nas compotas dentro da cristaleira. Daquela cristaleira saía compotas de figo, de casca de laranja,  de goiaba, doce de raspa de mamão verde, doce de buriti, doce de abóbora, licor de jenipapo, licor de pequi e de jabuticaba. Por isso, o que mais gostava na cristaleira eram as compoteiras e os licoreiros. Quantas lembranças... Obrigado cristaleira, de repente você me fez lembrar a minha querida avó. Que Deus a tenha...

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