Na CPI da Copel, instalada em 2003, parlamentares aliados ao ex-governador do Estado Jaime Lerner barraram depoimento de Youssef
Preso pela Polícia Federal sob a acusação de ser o pivô da
Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef já esteve envolvido em pelo menos
quatro outros grandes escândalos, todos envolvendo políticos e agentes
públicos, entre o fim dos anos 90 e o início dos anos 2000 no Paraná: em Maringá,
na gestão de Jairo Gianoto, o AMA-Comurb em Londrina, o esquema de lavagem de
dinheiro do Banco do Estado do Paraná (Banestado) e a fraude contra a Companhia
de Energia do Paraná (Copel). O último deles foi alvo de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na Assembleia Legislativa (AL) no dia
17 de março de 2003. O objetivo era apurar supostas ilegalidades ocorridas
durante o processo de tentativa de privatização da estatal, a partir de 2001,
na gestão do ex-governador Jaime Lerner (na época no PFL).
Conforme o relatório final aprovado pela AL, fizeram parte
da CPI os então deputados Marcos Isfer (PPS), que assumiu a presidência do
grupo, Ademar Traiano (PSDB), escolhido como vice-presidente, o relator Ratinho
Junior (na época no PPS, hoje no PSC), os sub-relatores Alexandre Curi (PMDB),
Vanderlei Iensen (PMDB), Tadeu Veneri (PT) e Durval Amaral (na época no PFL),
além de Valdir Rossoni (na época no PTB, hoje no PSDB) e Fernando Ribas Carli
(PP). A maioria deles integrava a base de apoio a Lerner no Legislativo.
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