Luciano Martins Costa
Observatório da Imprensa
A leitura diária dos jornais pode produzir um efeito
anestesiante sobre a percepção do valor simbólico dos fatos narrados. Na
chamada imprensa genérica, detalhes sobre a profissão, idade, gênero ou status
social de uma vítima de homicídio, por exemplo, podem alterar os sentimentos
produzidos pela notícia: se o morto é um ajudante de pedreiro, ou se é um
empresário, se é homem ou mulher, se é branco ou não, se é um jovem de classe
média ou morador de favela, são inúmeros os signos que podem definir o efeito
sobre o público típico dos jornais, e, portanto, o interesse da imprensa em
explorar o acontecido. CONTINUE
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