Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
O caso Pasadena pode ser tudo menos aquilo que alardeia a
sofreguidão conservadora.
Pode ser o resultado de um ardil inserido em um parecer
técnico capcioso. Pode ser fruto de um revés de mercado impossível de ser
previsto, decorrente da transição desfavorável da economia mundial; pode ser
ainda - tudo indica que seja - a evidência ostensiva da necessidade de se
repensar um critério mais democrático para o preenchimento de cargos nas
diferentes instancias do aparelho de Estado.
Pode ser um mosaico de todas essas coisas juntas.
Mas não corrobora justamente aquela que é a mensagem
implícita na fuzilaria conservadora nos dias que correm.
Qual seja, a natureza prejudicial da presença do Estado na
luta pelo desenvolvimento do país.
Transformar a história de sucesso da Petrobrás em um
desastre de proporções ferroviárias é o passaporte para legitimar a agenda
conservadora nas eleições de 2014.
Ou não será exatamente o martelete contra o ‘anacronismo
intervencionista do PT’ que interliga as entrevistas e análises de formuladores
e bajuladores das candidaturas Aécio & Campos?
Pelas características de escala e eficiência, ademais da
esmagadora taxa de êxito que lhe é creditada - uma das cinco maiores
petroleiras do planeta, responsável pela descoberta das maiores reservas de
petróleo do século XXI -, a Petrobrás figura como uma costela de pirarucu
engasgada na goela do mercadismo local e internacional. CONTINUE LENDO
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