Eduardo Campos parte pra cima de Dilma. Com declarações
insultuosas e ressentidas o governador pernambucano parece haver encontrado seu
discurso
Daniel Quoist
Eduardo Campos parte
pra cima de Dilma. Mas erra feio. Com declarações insultuosas e ressentidas
como “Dilma está de aviso prévio”, “Brasil não aguenta mais 4 anos com Dilma” e
“Dilma troca cargos como se fossem bananas e laranjas”, o governador
pernambucano parece haver encontrado seu discurso para em janeiro de 2015 subir
a rampa do Palácio do Planalto.
Ledo engano.
Esse estilo não é o seu, mas é cópia escancarada do estilo
Anthony Garotinho mixado com o de Ciro Gomes. Faz barulho, mexe um pouco com a
calma do lago, mas logo volta tudo ao normal.
Será que ele não enxerga isso?
As declarações parecem feitas em laboratório de marketing
político: há que criar fato novo, há que conseguir a todo custo espaço na mídia
conservadora, há que se firmar como principal candidato de oposição do governo.
Mas não convencem. São declarações tão vazias de conteúdo e
divorciadas completamente da realidade política nacional. Mas denotam um
político bem aplicado às artimanhas do marketing, artimanhas que muitas vezes
sepultam carreiras políticas até bem pouco vistas com imenso “potencial de futuro”.
“Dilma está de aviso prévio”
Falta o pernambucano esclarecer quem lhe dá o aviso prévio; explicitar se é apenas a ocupante do Planalto que recebe este aviso e se os demais 27 governadores de Estado (mais o Distrito Federal) que deverão deixar o cargo em 31 de dezembro de 2014 também estão de aviso prévio. Trata-se de artifício da mais velha política: criar factóides, bem ao estilo do notório do carioca César Maia. Não havendo nada de novo abaixo do sol, porque não criar algo? Afinal, se colar, colou e e se não colocar sigamos em frente, porque “o mundo gira e a Lusitana roda”. Para quem deseja ser vendido pelo marketing de ocasião como “o novo político”, o “criador de um novo jeito de fazer política”, Eduardo Campos derrapou feio. Melhor, capotou de vez. CONTINUE LENDO
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