O leitor deve ter reparado que o candidato do PSB à
Presidência, Aécio Campos, passou a ocupar o noticiário – mas não as manchetes
– uma ou duas vezes por dia disparando contra Dilma Rousseff.
É evidente seu esforço para ocupar na mídia o espaço de seu
aliado-adversário Aécio Neves como “o mais oposicionista dos oposicionistas”.
Nos últimos dois dias foi aos jornais para uma série de
delírios que seriam compreensíveis em Aécio Neves, não em alguém que participou
de 11 dos 12 anos de governo petista.
Sábado, estava no Estadão acusando a Presidenta de
enfraquecer a Petrobras para privatizá-la, esquecendo de que ela deu a
Pernambuco o maior dos investimentos da empresa, a Refinaria Abreu e Lima. E à
noite foi confraternizar com Aécio Neves e Eduardo Cunha na festança de
debutante da filha de Gedel Vieira Lima, outro caráter sem jaça do “blocão”
peemedebista.
Domingo, responsabilizou Dilma pela desaceleração da
economia.
Hoje cedo, já fazia dueto com Fernando Henrique pela
instalação de uma CPI da Petrobras.
E à noitinha comemorava o rebaixamento da nota da Standard
& Poor’s ao grau de investimento no Brasil.
Convenhamos, só faltou dar um pulinho na “Marcha com Deus
pela Família”, não é?
Eduardo Campos parece embriagado com as atenções que recebe
por ter se bandeado para a oposição.
Faz-me lembrar o que sempre dizia Brizola, numa daquelas
suas frases de efeito: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.
Talvez seja por isso que ele não consegue sair da posição
pífia que ocupa nas pesquisas e, ao
contrário de ser “puxado” por Marina, está é puxando para baixo a ex-senador. MAIS
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