Autor: Fernando Brito
Blog Tijolaço
18 de março de 2014 | 17:50
A
vinda de médicos do exterior – e que a imprensa transformou todos em “cubanos”
– para prestar atendimento básico à
saúde no Brasil é bem vista por 76% dos membros da classe C e por 78% pelos
representantes das classes D e E, revela pesquisa feita em dezembro pelo
Instituto Datapopular e publicada hoje pelo jornal Brasil Econômico.
Como
a matéria é restrita a assinantes, suprema ironia, você só pode lê-la no
clipping do CRM de Pernambuco, um dos que mais se opôs ao programa.
Alguns
dos dados da pesquisa:
91%
defendem que os serviços de saúde devem ser qratuitos.
84%
apoiam a distribuição gratuita de
medicamentos.
80%
acreditam que faltam médicos no país.
76%
são favoráveis a vinda de médicos do exterior para atuar no SUS.
63%
acham que R$ 10 mil (valor da bolsa do
Mais Médicos) é uma remuneração adequada para o médico.
Os
resultados são semelhantes aos da pesquisa CNT feita em novembro, com todas as
faixas da população, que deu 84% de aprovação ao programa e 67% aos médicos
estrangeiros.
O
jornal puxa a pesquisa para seus efeitos eleitorais:
“Como
toda política pública bem acolhida pela população, o programa Mais Médicos
tende a gerar dividendos políticos eleitorais”, afirma Renato Meirelles,
sócio-diretor do Datapopular” , que estende estes efeitos também para a
candidatura de Alexandre Padilha, em São Paulo.
Aécio
Neves e Eduardo Campos, mais cedo ao mais tarde, vão ter que assumir de que
lado estão: com os CRM ou com o povão.
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