Blog Tijolaço
A decretação do bloqueio dos bens e a quebra do sigilo
bancário da família do Senador Zezé Perrella vai atear fogo na política
mineira.
A coisa parecia ter serenado para os Perrella com a
pressurosa declaração da Polícia Federal de que o helicóptero da Limeira
Agropecuária, empresa que Zezé transferiu ao filho Gustavo, deputado estadual,
tinha sido usado para transportar cocaína sem o conhecimento da família.
Mas agora a juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª Vara
da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, encontrou ”indícios da prática de improbidade
administrativa” em contratos firmados entre a Epamig e a Limeira.
A Epamig, empresa estatal mineira de pesquisa agropecuária
doava sementes de feijão preto à empresa dos Perrella e depois comprava a
produção para ser redistribuída aos agricultores pelo programa “Minas Sem
Fome”, criado por Aécio Neves.
Nada de errado, mas isso era feito sem licitação. Aliás, nem
mesmo o ato de dispensa de licitação foi feito de forma correta, pois não foi
integralmente publicado no Diário Oficial por “problemas técnicos”.
Essa notícia, do ano retrasado, é apenas uma das dores de
cabeça dos Perrella.
Eles estão sendo investigados por outras suspeitas de
contratos fraudulentos com o governo mineiro, nas gestões Aécio e Anastasia.
Segundo o jornal Hoje em Dia, “foram detectados indícios de
direcionamento de licitação e superfaturamento por parte da Stillus no
fornecimento de produtos para presídios mineiros e para a Prefeitura de Montes
Claros, no Norte de Minas, centro das investigações. Alvimar, (irmão de
Zezé)apontado pelo MPE como chefe da organização, e Bruno Vidott, ex-assistente
de pregoeiro da Secretaria Estadual de Defesa Social, pagariam propina a
diretores de presídios e outros servidores para vencer as licitações.
Os áudios com escutas feitas que revelariam do esquema
desapareceram do youtube.
Nenhum comentário:
Postar um comentário