Por: Miguel do Rosário
Um dos mais complexos problemas partidários, talvez tão
antigo quanto a própria existência da democracia, é o famigerado dilema da
distribuição do poder. Em outras palavras, os partidos costumam sempre sofrer
um bocado com a questão do “centralismo democrático” atribuído aos comandos
nacionais.
Quando Marina Silva saiu do Partido Verde, poucos meses após
ser a candidata presidencial da legenda, usando seu tempo de tv, seus quadros,
sua infra-estrutura, ela alegou que o PV não havia topado as mudanças
organizacionais, que ela, Marina, e seu grupo, queriam implementar.
Uma das mudanças seria a inauguração de maior horizontalismo
nas decisões políticas e partidárias, baseado em debates e mobilizações nas
redes sociais, rompendo com o caciquismo dos grandes partidos.
Pois bem, a semana acabou com a Rede dando um show do que há
de mais velho num partido. Após o núcleo regional da Rede em Minas Gerais
publicar, com aval da assessoria nacional do partido e de membros da executiva
nacional, um texto em que defende uma candidatura própria no estado, rechaçando
uma aliança com o PSDB, o comando nacional da Rede emitiu uma nota
“desautorizando” o grupo local.
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