terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ARROUBO TUCANO É PÂNICO

Por Antonio Lassance

 Atropelados pelas denúncias, tucanos enfrentarão o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em local apropriado para discutir o trensalão do PSDB.

Era uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo de pássaros é bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.

Sua reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda não haviam escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam metidos em maracutaias. “Não, não e não!”

Chamaram a imprensa para fazer disso uma coletiva. Como se tivessem descoberto alguma novidade, exibiram uma papelada tirada do sarcófago de uma investigação, nunca levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do PSDB, carinhosamente apelidado de “caso Siemens”.

Provaram, por “a” mais “b”, que alguém teve o desplante de traduzir “o governo de São Paulo” por “governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde se lê, em Inglês, “pessoas do governo”, aportuguesaram para “tucanos”. Definitivamente, alguém está querendo confundir as coisas.


Para dar mais sobriedade ao encontro, o bando colocou no meio o candidato a presidente, Aécio Neves. Alckmin e Serra não compareceram. Foi melhor. Havia o risco de levantarem a mão na hora da leitura do documento e dizerem “sou eu”.

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