sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A HORA DOS AMIGOS DO POVO

Quando os amigos do povo convocam as ruas é porque as instituições já não bastam para assegurar o poder do conservadorismo.
Por: Saul Leblon

O conservadorismo brasileiro percorreu todo um alfabeto de alternativas ao longo de 2013 até se convencer de que, isoladamente, nenhuma das vogais ou consoantes lhe daria o que procura.

O caminho da volta ao poder.

A rua emerge como a derradeira aposta de quem, sucessivamente, ancorou o seu futuro no julgamento da AP 470, na explosão da inflação, no apagão  das hidrelétricas, no abismo fiscal e, ainda há pouco, na hecatombe decorrente da redução da liquidez nos EUA.

Cada uma dessas alternativas, mesmo sem deixar de impor constrangimentos objetivos ao país e ao governo,  mostrou-se incapaz de destruir  o contrapeso  de acertos e conquistas acumulados ao longo dos últimos 12 anos.

A irrupção de protestos em plena Copa do mundo tornou-se assim a nova bala de prata acalentada por aqueles que, corretamente, ressentem-se de um amalgama capaz de injetar torque e dinamismo  ao acerto de contas que buscam com a agenda progressista brasileira.

Não se espere  passividade a partir dessa avaliação.

Está em curso o vale tudo  para mobilizar uma classe média eterna aspirante a elite, ademais de segmentos que consideram indiferente ter na chefia da nação  Dilma,  Aécio  ou Campos.

Juntos eles compõem o novo rosto da velha agenda banqueira.

Importa reter desse mutirão  aquilo que ele informa sobre a singularidade da campanha eleitoral de 2014. CONTINUE LENDO

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