Momento 1 - explodem os casos Asltom e da máfia dos fiscais
da Prefeitura. Entram na linha de fogo dois lugares-tenentes do esquema Serra:
Andrea Matarazzo e o ex-Secretário das Finanças do município Mauro Ricardo. O
caso de agrava quando se conatata que a controladoria do município abriu
inquérito contra a máfia e Mauro Ricardo engavetou sob a alegação de que as
denúncias anônimas não traziam provas. A fogueira esquenta.
Momento 2 - acuado, Serra amarela e dá entrevista à Folha
interrompendo momentaneamente a retórica da radicalização. Mostra-se o mais
cordato e democrático dos brasileiros e o mais solidário dos tucanos,
disponível até para apoiar Aécio Neves.
Momento 3 - aí, a cobertura da mídia corrige a inconfidência
inicial e, apesar de Mauro Ricardo já ter admitido publicamente ter sido
responsável pelo arquivamento das investigações, são divulgadas apenas grampos
no qual o acusado menciona Kassab. E o fogo de encontro afasta a fogueira que
ameaçava se alastrar sobre o esquema Serra,
Momento 4 - sentindo que mais uma vez a cobertura consegue
desviar o foco dele, Serra recobra a agressividade e volta a acusar o PSDB de
leniente como oposição. Não passou nenhuma semana depois do ato de contrição.
Não sei até quando a velha mídia vai sustentar esse jogo de
cena de ignorar o histórico de Serra. Há um conjunto de investigações que
ganhou dinâmica própria e um volume expressivo de informações disponíveis sobre
a atuação do esquema Serra desde seus tempos de Secretário do Planejamento de
Montoro.
É questão de tempo para se desfazer a blindagem.
Quando a barragem explodir, como irão se explicar para seus
leitores.
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