De olho na disputa pelo segundo turno de 2014 com o tucano Aécio Neves, governador de Pernambuco (PSB) está disposto a assumir as rédeas da aliança com a Rede para reconquistar e ampliar alianças, como o agronegócio e setores mais à direita
10 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 11:19
247 – Até agora, Eduardo Campos se mostrou bem indulgente com Marina Silva. Abriu as portas de seu partido, cedeu espaço em seu palanque, deixou que ela espantasse aliados e causasse até mal-estar entre seus partidários. Mas isso está prestes a mudar. Segundo Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, ele vai mostrar agora quem é o “homem da casa”. Leia:
O homem da casa
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, volta ao Brasil hoje disposto a colocar os pingos nos iis sobre quem manda na coligação PSB-Rede. Internamente, a avaliação é a de que ele não pode dispensar o agronegócio, e setores mais à direita. Há um consenso entre os socialistas de que Eduardo precisa assumir o controle do processo da aliança e logo. Os socialistas sabem que, embora a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva seja importante na largada, ela tem um teto. E, se Eduardo deixar de agregar outros setores, o PSB poderá fazer bonito na campanha, como Marina fez em 2010, mas sem chegar a um segundo turno. Afinal, Aécio Neves, do PSDB, não está parado. Sai bem de Minas Gerais e tem uma lábia política capaz de atrair todos aqueles que Marina Silva dispensa. E, se tem uma coisa que político não pode recusar nessa fase é apoio e voto. Há quem diga que, ou Eduardo se firma agora, ou então ficará enrascado na rede.