Ex-ministro, que foi um dos líderes na Assembleia Constituinte, diz que é preciso fortalecer os partidos e questiona a campanha contra os políticos: ‘Qual é a solução? O golpe? É isso que se quer? Não’
Líder do PMDB na Assembleia Nacional Constituinte e, cinco
anos depois, relator geral da fracassada revisão constitucional de 1993, o
ex-ministro Nelson Jobim (Justiça, STF e Defesa) diz que a Constituição de 1988
traz como legado de um quarto de século a estabilidade política e a
independência entre os Poderes. Mas emenda: faltam reformas profundas nos
sistemas eleitoral e econômico.
“O modelo eleitoral que privilegia políticos e não partidos
esgotou-se. É baseado numa legislação de 1931, do início da era Vargas”, afirma
o ex-ministro. Ele é favorável também a uma reforma tributária que encerre a
guerra fiscal entre os Estados pelo ICMS (imposto sobre circulação de
mercadorias e prestação de serviço).
O ex-ministro alerta para a “imensa campanha” contra a
atividade política com uma incômoda pergunta: “Qual é a solução? O golpe? É
isso que se quer? Não”, diz ele. Jobim lembra que não há saídas sem política e
que o apartidarismo e o juízo exclusivamente moral abrem brechas para o
surgimento de líderes populistas antidemocráticos e ao autoritarismo. AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário