Segundo ex-ministro, o que existe atualmente são projetos antagônicos: um das elites, representado pelo PSDB, e um de caráter popular, liderado pelo PT; José Dirceu afirma que Marina e Campos, que têm se colocado como aqueles que podem colocar fim a esta suposta polarização entre petistas e tucanos no país, são “dois ex-aliados e responsáveis pelo projeto que levou o presidente Lula ao governo”, que agora estariam se aliando ao “projeto derrotado” de FHC
17 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 20:04
247 – O ex-ministro José Dirceu publicou em seu blog nesta quinta-feira (17) um artigo em que contesta o principal argumento da união entre a ex-senadora Marina Silva e o governador Eduardo Campos, que se uniram, para, no discurso de ambos, colocar fim à polarização entre PT e PSDB no país.
“Ora, essa polarização não existiu em 1989 e nem nas eleições de 2002 e 2010. Só existiu na de 2006, quando no 1º turno Geraldo Alckmin (PSDB) obteve 41,6% e Lula (PT), 48,6%. Em 2002, José Serra (PSDB) teve 23%; Anthony Garotinho (então no PSB) teve quase 18%, e Ciro Gomes (então PPS) chegou a 12%. Em 2010, Serra teve 32,6% na 1ª etapa e Marina, 19%. Essa conversa sobre a polarização, portanto, serve para esconder que, desde 1994, o que existe é a disputa entre dois projetos políticos para o país: um de centro esquerda liderado pelo PT, e o outro de centro direita sob a batuta do PSDB”, afirma.
Dirceu cita Marina e Campos como “dois ex-aliados e responsáveis pelo projeto que levou o presidente Lula ao governo e o país a extraordinárias conquistas econômicas e sociais”, que agora estariam se aliando ao “projeto derrotado que vigorou lá nos anos 90, comandado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso”.
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