Em texto exclusivo para o 247, Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, disseca as razões da demissão de Danuza Leão, da Folha de S. Paulo; segundo ele, num país que busca a igualdade, já não há tanto valor para quem busca "ser especial", como na coluna em que a jornalista reclamava que Paris ou Nova York haviam perdido a graça porque havia o risco de encontrar o porteiro; assim como Greta Garbo, Danuza acabou no Irajá
7 DE JUNHO DE 2013 ÀS 06:49
Por Eduardo Guimarães, especial para o 247
Parece que a Folha anda cortando gordura e, no âmbito doloroso desse processo, expurgou uma colunista dominical com a qual me solidarizo por termos como origem a mesma classe social, uma classe média que, noutros tempos, chegou a se imaginar congênere ou assemelhada à aristocracia britânica, o que lhe parecia o melhor dos mundos.
Ao contrário deste que escreve, porém, aquela colunista não entendeu o processo que os de nossa origem social e gerações contiguas compartilhamos e, talvez por isso, seus textos sebosos levaram o jornalão paulista a pôr fim aos micos dominicais que mês sim, mês não ela lhe impunha.
Noutros tempos, até seria chique uma socialite travestida de colunista ser devolvida pelo patrão ao Dolce Far Niente. Deixaria a máquina de escrever direto para o mundo très chic das compras e dos chás regados a falta do que fazer.
Todavia, nos dia de hoje, bicudos para uma classe que sempre só produziu espuma, não vai dar mais para a madama continuar sendo o que julga "especial".
Chega a ser irônico, então, que uma das últimas colunas que ela escreveu à Folha – e que, acredite quem quiser, foi publicada – tivesse justamente como mote o tal conceito de "ser especial".
Mas o que, para a autora dessa "obra prima", significa "ser especial"? MAIS
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