Autor:
Luis Nassif
Um partido se faz com ideias, palavras e obras. Na sua origem, havia três vertentes no PSDB: a das ideias, representada por um conjunto de intelectuais, como Luiz Carlos Bresser Pereira, os irmãos Mendonça de Barros; a das palavras, representada especialmente por Fernando Henrique Cardoso; e das obras, representada por Mário Covas.
FHC nunca foi um construtor de nada. Limitou-se a se deixar levar pela inércia dos ventos neoliberais da época e a brandir um discurso socialdemocrata, que nada tinha a ver com sua inação.
Covas acertou as contas de São Paulo e montou um modelo fiscal competente. A guerra infernal para obter o equilíbrio fiscal acabou debilitando muitas instituições relevantes do Estado. Não fosse sua morte prematura, é possível que Covas tivesse realizado um segundo governo de reconstrução.
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O relevante é que, com seu estilo seco, quase brusco, com sua cabeça de engenheiro, cartesiano, e com seu histórico político, Covas passava a convicção sólida de alguém preocupado com o bem estar do seu povo. Aos seus seguidores recomendava tirar os fins de semana para se misturar ao povo, "amassar barro", como ele dizia.
Seu recado tinha destino certo: sempre abominou o elitismo superficial e deslumbrado dos intelectuais do partido - FHC à frente. CONTINUE LENDO
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